quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Crônicas

O amor acaba   -   Parte II

                                      Paulo Mendes Campos

...o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gigeceu de duas flores; em  apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de  delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desepero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no infrno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorsos; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que  começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba...


Gente, gente, anda me faltando tempo, desculpa por tudo..beijo grande...

O amor nem sempre está onde procuramos

2 comentários:

  1. MUITO BOM ! Adorei o seu blog ! Visite o meu blog sobre tênis e retribua o comentário ! : breakpointbrasil.blogspot.com/ - Siga meu blog, que eu sigo o seu de volta ! Também tenho twitter @breakpointbr, caso queria seguir.

    Obrigado !

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  2. ah..pode deixar..vou dar uma passada e ver se consigo te seguir..Meu ANDA UMA PORCARIA..bEIJO e obigada..

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